

Última atualização em 26/11/2025 por Especialista em Gestão de Projetos, GPRO
A gestão de projetos em ambientes de negócios é uma metodologia aplicável tanto para resolver desafios técnicos quanto para impulsionar transformações organizacionais, ela pode ser aplicada em várias situações e torna-se indispensável para projetos complexos.
Exemplos de projetos complexos incluem a construção de infraestruturas, o desenvolvimento e implementação de sistemas de informação, além de processos de desinvestimento ou fusão de empresas.
Tradicionalmente, o sucesso de um projeto é medido pelo cumprimento do “triângulo de ferro” – custo, cronograma e escopo. Isso significa, manter os gastos dentro do orçamento, cumprir o cronograma do projeto e entregar os resultados conforme requisitos dos stakeholders.
Nesse contexto, o gerente de projetos assume um papel centrar. Ele é responsável por liderar a equipe, coordenar as entregas e gerenciar as expectativas dos stakeholders. Porém, o ambiente de projetos é dinâmico e exige do gerente adaptação e flexibilidade diante das incertezas e imprevistos.
A aplicação da Inteligência Artificial na Gestão de Projetos tem auxiliado na automatização de atividades administrativas. Otimização de tarefas repetitivas, seleção e priorização de projetos, elaboração de relatórios e acompanhamento em tempo real do progresso das tarefas por meio de assistente digital são exemplos de aplicações práticas.

Com a redução do trabalho administrativo, o diferencial do gerente de projetos passa a ser a liderança da equipe. Ele deve influenciar, motivar e guiar a equipe em direção ao alcance dos objetivos estratégicos esperados.
Mas, como o gerente pode ser bem-sucedido diante das singularidades dos projetos e das equipes?
A Liderança Situacional surge como uma abordagem essencial para lidar com essa complexidade, ela auxilia os líderes a explorem os pontos fortes da equipe de acordo com as demandas de cada momento.
Neste artigo, exploraremos os principais estilos de liderança, aprofundaremos sobre teoria da Liderança Situacional de Hersey e Blanchard, traremos exemplos práticos de como aplicá-la na gestão de projetos e também, como a FIA Business School Gestão de Projetos pode ajudá-lo a desenvolver essas habilidades.
Liderar é influenciar e guiar pessoas em direção a um objetivo comum. Cada líder possui um estilo de liderar, refletindo na forma que ele toma decisões, comunica expectativas, motiva os seguidores e molda a cultura da empresa.
Na gestão de projetos, destacam-se cinco principais estilos de liderança: autocrática, transacional, liberal (ou laissez-faire), transformacional e situacional. Abaixo, exploramos um pouco mais cada um deles.
O líder autocrático toma decisões de forma independente, sem consultar a equipe e, frequentemente, fornece instruções detalhadas e supervisionam as tarefas de perto. Esse estilo pode ser eficaz em situações de crise, onde uma ação decisiva é necessária e há tempo limitado para consulta ou construção de consenso.
É focada em trocas com líderes e liderados, tendo como base o sistema de recompensas e punições em relação ao atingimento das metas.
É uma abordagem mais pragmática, adequada para ambientes com processos bem definidos, como na área da saúde, ou em projetos que necessitam de alto nível de conformidade.
O líder liberal adota uma postura não intervencionista, ele dá autonomia para a equipe tomar decisões e intervém o mínimo possível. Ele confia nas habilidades e na expertise de seus subordinados e tolera erros.
Esse estilo é ideal para liderar equipes altamente qualificadas e automotivadas, como em projetos de pesquisa e desenvolvimento e inovação.
O líder transformacional inspira e motiva seus seguidores com uma visão de futuro, estabelecendo altas expectativas e desafiando seus liderados.
Esse estilo é perfeito para ambientes que estão passando por mudanças, como fusões, aquisições ou reestruturações de organizações.
O líder é flexível, ele ajusta seu estilo conforme a maturidade da equipe. A partir do diagnóstico de maturidade, pode alternar entre quatro estilos: direcionar, treinar, apoiar e delegar. Suas vantagens incluem:

Desenvolvida por Paul Hersey e Ken Blanchard em 1969, a Teoria da Liderança Situacional propõe que o líder eficaz deve adaptar seu comportamento às necessidades da equipe (figura 1). O estilo de liderança varia conforme a maturidade profissional dos liderados, que é composta por conhecimento (competência) e disposição (motivação).
O comportamento do líder considera dois outros comportamentos:
A combinação das variações de comportamento do líder forma uma curva que define quatro estilos de liderança (E1 a E4):
Ao ajustar seu estilo, o líder situacional utiliza seu poder pessoal para elevar o desempenho da equipe, garantir a motivação, promover o desenvolvimento individual e alcançar maior sucesso nos projetos.

Construção de Grandes Infraestruturas
Projetos de construção de grandes infraestruturas, como pontes ou rodovias, seguem um modelo preditivo, com etapas bem definidas, orçamento e cronograma previamente estabelecidos.
Contudo, há grande complexidade na coordenação de múltiplas equipes (engenheiros, operários, gerentes de logística), prazos rígidos, altos padrões de segurança e conformidade regulatória.
Na fase de Planejamento, o líder do projeto identificar que a equipe tem baixa maturidade. Então, ele adota o estilo Direcionar (E1):
Na fase de Execução, o líder do projeto identifica que a equipe ganhou experiência, mas ainda precisa de motivação para lidar com os desafios. Então, ele adota o estilo Treinar (E2):
Na fase de Finalização, o líder identifica que a equipe está mais capacitada e motivada. Então, ele adota o estilo Apoiar (E3):
Na fase de Entrega, o líder considera que a equipe está madura. Então, ele adota o estilo Delegar (E4):
Os projetos de implementação de sistemas de informação, como ERP, CRM ou sistema de planejamento integrado, utilizam a gestão de projetos ágil. Esse tipo de projeto envolve integração de dados, aplicação da tecnologia, gestão da mudança e lidar com falhas técnicas e resistência organizacional. Outro desafio comum é ter time remoto fazendo a implantação.
Na fase de Design, o líder do projeto identifica que a equipe de desenvolvedores não possui muito conhecimento sobre a customização da solução requerida pelo cliente. Então, ele adota o estilo Direcionar (E1):
Na fase de Desenvolvimento, a competência técnica da equipe melhora, mas ela ainda há desmotivação pelos prazos apertados. Então, o líder do projeto adota o estilo Treinar (E2):
Na fase de Testes, a equipe está mais hábil e familiarizada com o cliente. Então, o líder do projeto adota o estilo Apoiar (E3):
Na fase de Implementação (Go-Live), a equipe está autônoma. Então, o líder de projetos adota o estilo Delegar (E4):
Para construir competências adaptativas é importante saber a aplicação prática da teoria. O MBA Gestão Estratégica de Projetos da FIA foca na aplicação e no desenvolvimento de habilidades para o “mundo real”. Nossa metodologia engloba:
Garantimos resultados Mensuráveis. Nossos alunos aumentaram em 38% a eficiência da gestão de riscos, 21% menos defeitos e 27% menos retrabalhos.
As organizações atuais precisam de líderes eficazes que compreendam as complexidades do ambiente global em rápida mudança. O Líder Situacional é o estilo especialmente eficaz para ambientes de crise ou emergência, caracterizados por mudanças rápidas e que exigem muito treinamento e desenvolvimento.
Adaptar o estilo de liderança às demandas é uma competência que pode e deve ser desenvolvida, e o MBA da FIA Business School Gestão de Projetos é o ambiente ideal para isso. Venha conhecer como nosso curso pode ajudá-lo.