O webinar “Design Sprint para Projetos”, realizado pelo GPRO FIA Business School, explorou como a metodologia Design Sprint pode ajudar gestores a acelerar decisões, reduzir incertezas e gerar valor real nos projetos.
A palestrante discutiu conceitos práticos, apresentou comparações com outras metodologias e trouxe exemplos palpáveis do uso do Design Sprint em diferentes realidades corporativas.
Funciona para a vida, não só para startups!
O método Design Sprint se estrutura em cinco etapas bem definidas: entender, esboçar, decidir, prototipar e testar.
Mais do que uma metodologia, o Design Sprint reforça a importância de focar no cliente e no propósito dos projetos.
Você já sentiu que algumas decisões em projeto levam meses para acontecer e, mesmo assim, chegam carregadas de incertezas? Foi a partir desse contexto que o GPRO, da FIA Business School, trouxe ao público o webinar “Design Sprint para Projetos”. O objetivo era claro: mostrar como o Design Sprint pode transformar a realidade dos gestores, trazendo clareza e velocidade para decisões estratégicas.
A palestra foi conduzida por uma especialista com anos de experiência em Design Sprint, que compartilhou casos reais, técnicas aplicáveis e insights valiosos para quem quer inovar na gestão de projetos.
Logo no início, a palestrante tratou de desmistificar um dos principais mitos sobre o Design Sprint. Para muitos, trata-se de algo exclusivo do universo das startups, inovação e tecnologia. Mas, como ela afirmou com propriedade:
“Design Sprint funciona pra vida! Já apliquei o método em times de RH, na área jurídica, para redefinir propósito de áreas inteiras e até em projetos pessoais.”
Segundo ela, qualquer equipe que precise tomar decisões rápidas, resolver problemas complexos ou inovar pode (e deveria) experimentar o Design Sprint. “O segredo está em adaptar as ferramentas à realidade do seu time”, explicou.
Ela contou, por exemplo, como montou sprints de apenas dois dias para clientes corporativos que não podiam ficar a semana inteira afastados das demandas. “O importante é manter as etapas essenciais: entender o problema, gerar ideias, decidir, prototipar e testar”.
As 5 Etapas do Design Sprint Adaptadas ao Mundo Real
A palestrante detalhou cada uma das cinco etapas do Design Sprint e demonstrou que a metodologia é flexível, podendo ser customizada conforme o contexto:
Entender:
O time mergulha no problema, estudando usuários e mapeando jornadas.
“Às vezes a gente descobre que o problema era outro! O sprint serve pra alinhar o entendimento da equipe.”
Esboçar:
Hora de gerar alternativas de solução. Técnicas como crazy 8’s ou desenho livre ajudam a tirar ideias da cabeça para o papel.
“Aqui vale desenhar tela, fluxo, jornada ou até teatro improvisado. O importante é materializar as opções.”
Decidir:
O grupo vota e define qual solução será prototipada, sempre considerando o que gera mais valor para o cliente final.
“Decidir em grupo evita dono da verdade. Todo mundo constrói junto.”
Prototipar:
Criação de um modelo funcional ou simulado da solução, que pode ser um protótipo digital, um storyboard ou uma encenação, por exemplo.
“Já fiz protótipo de tela usando papelão e post-it. O importante é testar a ideia sem gastar muito.”
Testar:
O protótipo é apresentado a usuários reais, que avaliam e dão feedbacks.
“Testar é fundamental! Às vezes a ideia parece perfeita, mas só o usuário mostra se faz sentido.”
Ela destacou que é melhor um erro rápido e barato do que um erro caro no fim do projeto. “Muitas empresas ainda têm medo de expor ideias em estágio inicial, mas é isso que economiza tempo e dinheiro depois”.
Centralidade no Cliente e Propósito como Norte
Um dos pontos mais fortes do webinar foi a discussão sobre propósito e foco no cliente. Para a palestrante, não adianta inovar sem saber para onde se está indo — ou para quem.
“Hoje fala-se muito de propósito e não é à toa. Se eu não tenho um porquê, qualquer caminho vale. O Design Sprint te força a conhecer profundamente quem é o seu cliente, o que dói nele, o que ele deseja. Só assim o projeto tem direção clara.”
Durante a etapa de “Entender”, o uso do mapa de empatia ou personas foi mostrado como ferramenta-chave. “Se você não consegue dar nome, rosto e história para o usuário, o mapa está raso”, lembrou.
Ela relatou o caso de uma área inteira que ganhou novo sentido após um sprint bem-feito:
“O time estava desmotivado, sem saber pra que servia. Usamos o Sprint para desenhar um novo propósito e saiu um projeto que mudou a relação deles com o trabalho.”
4. Reduzindo risco com validação rápida
A palestra destacou que a principal vantagem do Design Sprint é reduzir incertezas. Ao construir, prototipar e testar rapidamente, o gestor recebe respostas reais antes de investir tempo e recursos em uma solução que pode não ser a correta.
“Quantos projetos você já viu morrer porque ninguém conversou com o usuário? Ou porque foi tudo decidido no feeling do chefe?” — provocou a palestrante.
No Design Sprint, o protótipo não precisa ser sofisticado, mas precisa entregar a experiência central. “Já validei processo com encenação no escritório, desenhei tela em EVA, usei até teatro. O importante é o feedback do usuário.”
5. Engajamento e multidisciplinaridade: todos no mesmo barco
Outro ponto de destaque foi a quebra de silos. A metodologia incentiva que áreas distintas (RH, Jurídico, TI, operações) participem juntas do sprint.
“Quando as pessoas constroem juntas, todo mundo se compromete. E é incrível ver as ideias que surgem quando misturamos repertórios.”
6. Adaptação contínua: nem sempre dá pra seguir o livro
A palestrante reforçou que o Design Sprint não é uma receita de bolo engessada. É essencial adaptar cada etapa para a cultura da empresa e o problema em questão.
“Já rodei Sprint que virou um dia de brainstorming profundo, outros foram mais ‘mão na massa’. O essencial é: não abrir mão da prototipagem e do teste com usuário.”
Se a equipe só puder participar de parte do processo, foque nos momentos críticos de decisão e validação.
7. Ferramentas e dicas práticas
Entre os instrumentos sugeridos, destacaram-se:
A palestrante também sugeriu recursos adicionais, como o livro “Sprint”, de Jake Knapp, e comunidades online para troca de experiências.
Como criar cultura de prototipação
Ao final, o público foi convidado a experimentar o Design Sprint independentemente do segmento do projeto:
“Metodologias como o Design Sprint te ajudam a sair do ‘achismo’ e criar soluções assertivas. Não é algo distante de empresas tradicionais. É para todo mundo que quer resolver problemas de forma rápida, alinhada com o cliente e de olho no propósito.”
O webinar deixou claro: inovar não é só para startups de tecnologia — é uma necessidade real para todo gestor de projetos que quer entregar resultados, engajar equipes e gerar valor.