Centralidade no Cliente e Propósito como Norte
Um dos pontos mais fortes do webinar foi a discussão sobre propósito e foco no cliente. Para a palestrante, não adianta inovar sem saber para onde se está indo — ou para quem.
“Hoje fala-se muito de propósito e não é à toa. Se eu não tenho um porquê, qualquer caminho vale. O Design Sprint te força a conhecer profundamente quem é o seu cliente, o que dói nele, o que ele deseja. Só assim o projeto tem direção clara.”
Durante a etapa de “Entender”, o uso do mapa de empatia ou personas foi mostrado como ferramenta-chave. “Se você não consegue dar nome, rosto e história para o usuário, o mapa está raso”, lembrou.
Ela relatou o caso de uma área inteira que ganhou novo sentido após um sprint bem-feito:
“O time estava desmotivado, sem saber pra que servia. Usamos o Sprint para desenhar um novo propósito e saiu um projeto que mudou a relação deles com o trabalho.”
4. Reduzindo risco com validação rápida
A palestra destacou que a principal vantagem do Design Sprint é reduzir incertezas. Ao construir, prototipar e testar rapidamente, o gestor recebe respostas reais antes de investir tempo e recursos em uma solução que pode não ser a correta.
“Quantos projetos você já viu morrer porque ninguém conversou com o usuário? Ou porque foi tudo decidido no feeling do chefe?” — provocou a palestrante.
No Design Sprint, o protótipo não precisa ser sofisticado, mas precisa entregar a experiência central. “Já validei processo com encenação no escritório, desenhei tela em EVA, usei até teatro. O importante é o feedback do usuário.”
5. Engajamento e multidisciplinaridade: todos no mesmo barco
Outro ponto de destaque foi a quebra de silos. A metodologia incentiva que áreas distintas (RH, Jurídico, TI, operações) participem juntas do sprint.
“Quando as pessoas constroem juntas, todo mundo se compromete. E é incrível ver as ideias que surgem quando misturamos repertórios.”
6. Adaptação contínua: nem sempre dá pra seguir o livro
A palestrante reforçou que o Design Sprint não é uma receita de bolo engessada. É essencial adaptar cada etapa para a cultura da empresa e o problema em questão.
“Já rodei Sprint que virou um dia de brainstorming profundo, outros foram mais ‘mão na massa’. O essencial é: não abrir mão da prototipagem e do teste com usuário.”
Se a equipe só puder participar de parte do processo, foque nos momentos críticos de decisão e validação.
7. Ferramentas e dicas práticas
Entre os instrumentos sugeridos, destacaram-se:
- Mapa de empatia e personas: para entender o público-alvo;
- Crazy 8’s: para explorar ao máximo o potencial criativo do grupo;
- Canvas de modelo de negócios: para alinhar o valor gerado pela solução;
- Storyboard: para desenhar o fluxo do usuário.
A palestrante também sugeriu recursos adicionais, como o livro “Sprint”, de Jake Knapp, e comunidades online para troca de experiências.
Conclusão:
Como criar cultura de prototipação
Ao final, o público foi convidado a experimentar o Design Sprint independentemente do segmento do projeto:
“Metodologias como o Design Sprint te ajudam a sair do ‘achismo’ e criar soluções assertivas. Não é algo distante de empresas tradicionais. É para todo mundo que quer resolver problemas de forma rápida, alinhada com o cliente e de olho no propósito.”
O webinar deixou claro: inovar não é só para startups de tecnologia — é uma necessidade real para todo gestor de projetos que quer entregar resultados, engajar equipes e gerar valor.