Este estudo investigou a seleção de parceiros em projetos de alianças tecnológicas bilaterais sem participação acionária, do ponto de vista da empresa-mãe, levando em conta diversos fatores. Os dados empíricos provieram de duas etapas sucessivas, uma qualitativa e a outra quantitativa. Na etapa qualitativa foi conduzido um estudo de casos na maior empresa petroquímica brasileira, no qual se analisou em profundidade vinte projetos em alianças desenvolvidos com diferentes tipos de parceiros, incluindo concorrentes, clientes, fornecedores, universidades e institutos tecnológicos, e de diferentes tipos, incrementais, plataformas, radicais e de ciência básica. Em conjunto com os dados empíricos provenientes do estudo de casos, identificaram-se domínios específicos para os tipos de alianças, distribuídos no contínuo explotação – exploração. Estas evidências preliminares permitiram a construção de um conjunto de hipóteses que foram testadas na etapa quantitativa, conduzida junto ao setor químico brasileiro. Os resultados desta análise apontaram um conjunto detalhado de relações, determinando os fatores que mais contribuem em cada situação, dependendo do tipo de parceiro e do tipo de projeto.